quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Almofada bordada

Esta foi uma criação deste mês de Agosto. Pensei muito sobre o que deveria bordar e optei por uma afirmação. Se achar que a frase é foleira "Sempre te amarei", basta traduzir para inglês "I'll always love you". Sim, porque, às vezes, é só uma questão de idioma.

Aqui está o produto final:
Como a fiz?
Nota-se ainda que o tecido foi marcado com vincos, pois assim é mais fácil equadrar o que se pretende bordar.  Em papel, escrevi as palavras com a caligrafia que queria e depois, copiei colocando o tecido sobre o papel.

Escolhi dois pontos - cadeia - para o "S" e o "a":
e ponto pé de flor - para as outras letras:
Decorei ainda com pequenos motivos. Em seguida, usei um tecido de umas calças de pijama já sem uso e um fecho éclair também reciclado.
E pronto, aqui está a minha criação estival.


terça-feira, 9 de agosto de 2016

Momentos

Hoje foi dia de receber uma amiga.
Gosto muito de estar com as pessoas, de conversar de tudo e de nada...
Almoçámos no centro, bebemos café e depois, viemos os quatro até casa onde conversámos mais e saboreámos umas coisinhas que tinha preparado.
São momentos assim que ajudam a criar laços.
O tempo de férias possibilita estes encontros, este tempo para estar e ser.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Ida ao campo

Passei três dias no campo.
O que se faz por lá? Coisas simples, sendo o mais difícil para mim o não fazer nada.
Na verdade, há sempre coisas para fazer: ir olhar a horta à procura dos estragos dos veados ou de alguma flor ou fruto novos; arrancar umas ervas; aproveitar o alpendre e escutar os trinados dos pássaros que por ali esvoaçam; olhar os cumes dos montes; ler; apanhar amoras (este ano até as amoras das silvas estão secas); limpar as teias que as aranhas incansáveis teimam em tecer; preparar petiscos ou o almoço/jantar; dar dois dedos de conversa... Enfim, é um não acabar de tarefas!!!
É bom poder desfrutar do lado doce do campo.
Para quem dele vive, o dia a dia é sempre muito trabalhoso. Limpar, amanhar, plantar ou semear, sachar, regar e depender das condições atmosféricas, das pragas, da qualidade da semente, sei lá! Mas há toda uma sabedoria aliada à atividade rural que só se propaga oralmente, embora haja um esforço grande para a registar e fixar.
Diz-me a vizinha, "pelo S. Pantaleão faz-se isto", "pela Senhora da Guia põem-se os nabos" "se há aguieiros acontece aquilo"e assim por diante.
Para uma citadina como eu, o campo é doce!

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Hoje tropecei neste texto que escrevi há mais de 10 anos. Dá para VER, não dá? Não que foi escrito há 10 anos mas para visualizar. Pelo menos eu, ao lê-lo agora, consigo imaginar a cena.

Uma Questão de Espaço  

   Era uma manhã do início do Verão. O dia amanhecera claro duma luminosidade brilhante.

   Ema saíra de casa sem destino certo. Apetecia-lhe o ar matinal, a luz límpida, eventualmente o calor do sol. Sem outra preocupação que não a de estar, encaminhou-se para a praça. Sentar-se-ia na esplanada, beberia um café reconfortante e sentiria a manhã.

   Àquela hora, os habituais frequentadores salpicavam as mesas que se espraiavam pela esplanada com cálidas trocas de palavras antegozando um esplendoroso dia de sol.

    Sentou-se sob um largo guarda-sol verde de pano. Pediu um café e uma água e preparou-se para saborear a placidez da hora.

   Depois do café, continuou beberricando golinhos de água, observando os que cruzavam a praça, escutando rastos de sons que conduziam a frases sem nexo, descontextualizadas, sem querer fixar-se nesta ou naquela conversa.

   Uma suave brisa levantava-se agora e Ema sentiu-se grata por aquela aragem na manhã dum dia que se antevia quente.

   Lentamente, em gestos desusados, tirou da mala papel e caneta e ensaiava agora, não sei que rabiscos, mais letras ou mais riscos...

   Abstraída por instantes do que a rodeava, encheu páginas em gesto ritmado, seguro e vigoroso.

   A chuva caía copiosamente. A suave brisa arrastara nuvens carregadas que libertavam o seu conteúdo numa chuvada refrescante. Mas como surgira inesperada, espantava os que na praça procuravam o calor do sol. Seria por certo chuva de Verão: forte a cair, rápida a partir.


   Ema deixara-se ficar debaixo do largo guarda-sol que a escudava também da chuva. 

Porém, não na totalidade, pois um ou outro furinho permitiam que passassem pingas pesadas.

   A chuva intensificava-se. E, ou por isso, ou porque o olhar dos outros recaísse sobre a sua pessoa, resolveu-se a abandonar o refúgio daquele guarda-sol verde.

   Procurou então abrigo debaixo das arcadas e o sorriso dos outros, de que se destacava o do empregado de mesa, acompanhara a sua retirada.

   Ao passar, encarou-o, pediu-lhe outro café e sentou-se a outra mesa.

   Voltou a pegar no papel e na caneta e dispôs-se a registar impressões ou sentimentos numa letra miudinha, impercetível para o vizinho de mesa ou qualquer olhar indiscreto."  HES

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Férias de Verão, outra vez

Pois é, em cada ano penso que vou fazer do blogue um compromisso, porém, em cada dia tenho tantas páginas para actualizar e textos para escrever que este blogue fica para trás.
Depois tento clarificar as motivações.
O que me move hoje a escrever?
Gostaria de partilhar ideias, reflexões, dar a conhecer histórias e historietas...
Mas alguém leria? Alguém acharia interesse num desfilar de palavras de uma desconhecida?
O que nos leva a ler ou seguir o que outros escrevem?
E pronto, não sei se vou persistir na escrita com a periodicidade que gostaria mas posso sempre tentar.