Estou à lareira há meia hora. Tenho a cara quente e os pés gelados. Hoje foi um dia de muito trabalho intelectual, mas foi bom.
Escrever ao fim de um dia relaxa e ajuda a ordenar as ideias.
O ano está a acabar. Foi um ano tão diferente! :(
Às vezes, penso como se nada tivesse mudado, depois lembro-me que nada será como antes, que nada já é como foi. Quase me apetece tomar para mim uma personagem de Tchekhov, daquelas a quem a vida reservou algo em que nunca tinha pensado (pelo menos tão cedo). Muito ao longe escuto os ecos dos diálogos de uma qualquer peça interpretados por Sinde Filipe e Carmen Dolores.
Sempre o fingimento.
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